Ambiente de Implementação Cliente-Servidor

 

Figura 1.6

A Figura 1.6 ilustra um ambiente genérico de desenvolvimento de aplicativos. Nesta Figura, a diferença (gap semântico) entre os paradigmas utilizados para: a construção de interfaces, o armazenamento de informações, e a programação dos aplicativos são detalhadas para ressaltar a importância de estruturas "Case" e "Cursores". As estruturas "Case" são utilizadas para converter as alterações e solicitações ocorridas na interface do aplicativo em uma linguagem que seja capaz de ser processada pelos servidores de dados. 

A construção da linguagem é feita através da composição de cadeias de caracteres usualmente utilizando o padrão SQL utilizado nos servidores de dados relacionais. Quando um acesso ao SGBD é requerido, o programa estabelece uma conexão com o SGBD que está instalado no servidor. Uma vez que a conexão é criada, o programa cliente pode se comunicar com o SGBD. Um padrão chamado de Conectividade Base de Dados Aberta (Open DataBase Connectivity - ODBC) provê uma Interface para Programação de Aplicações (API) que permite que os programas no lado cliente possam chamar o SGBD, desde que as máquinas clientes como o servidor tenham o necessário software instalado. 

Muitos vendedores de SGBDs disponibilizam drivers específicos para seus sistemas. Desta maneira, um programa cliente pode se conectar a diversos SGBDRs e enviar requisições de consultas e transações usando API, que são processados nos servidores. Após o processamento de uma chamada de função (levando uma cadeia de caracteres ou programas armazenados), o resultado é fornecido pelo servidor de dados através de tabelas em memória. Os resultados das consultas são enviados para o programa cliente, que pode processá-lo ou visualizá-lo conforme a necessidade. 

O conjunto resposta para uma consulta pode ser uma tabela com zero, uma ou múltiplas tuplas, dependendo de quantas linhas foram encontradas com o critério de busca. Quando uma consulta retorna múltiplas linhas, é necessário declarar um "CURSOR" para processá-las. Um cursor é similar a uma variável de arquivo ou um ponteiro de arquivo, que aponta para uma única linha (tupla) do resultado da consulta. Em SQL os cursores são controlados por três comandos: OPEN, FETCH, CLOSE. O cursor é iniciado com o comando OPEN, que executa a consulta, devolve o conjunto resultante de linhas e coloca o cursor para a posição anterior à primeira linha do resultado da consulta. 

O comando FETCH, quando executado pela primeira vez, devolve a primeira linha nas variáveis do programa e coloca o cursor para apontar para aquela linha. Subseqüentes execuções do comando FETCH avançam o cursor para a próxima linha no conjunto resultante e retornam a linha nas variáveis do programa. Quando a última linha é processada, o cursor é desbloqueado com o comando CLOSE. 

Os cursores existem principalmente para que linguagens de programação que não permitem abstração para conjunto de registros, como C, possam receber as linhas da resposta de uma consulta SQL uma de cada vez. Com a utilização de "CURSORES", apresentam-se esses dados como resultados das consulta, através de itens que representam os elementos de interface com o usuário, atendendo os preceitos impostos pelos diferentes paradigmas possivelmente envolvidos. 

Com isso os resultados são mostrados utilizando o objeto padrão da interface, disponíveis nas ferramentas de construção de interfaces. Dessa forma, o ciclo de busca de informação nos mais variados servidores tem início e fim na interface com o usuário.

É de fundamental importância que se construam aplicativos cujos projetos de interface sejam "ortogonais" aos projetos de implementação de acesso aos servidores de dados. Na implementação de sistemas de informação, deve-se utilizar uma arquitetura de base de dados relacional que seja independente de um determinado repositório de dados (gerenciadores Access, Oracle, Sybase, Informix, etc). 

A Figura 1.7 ilustra a utilização de conversores genéricos tanto para interfaces como para os servidores de dados. Estes conversores são construídos para padronizar o controle de compartilhamento de dados, independente da ferramenta de interface ou do servidor de dados. Em situações práticas esses conversores são denominados comumente de drivers. 


ATIVIDADE DE FIXAÇÃO (TURMA 02)

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