ESTÁGIO ATUAL DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO (NA WEB)
Antes de discorrer sobre o histórico dos SBDs, vale completar a evolução dos sistemas de informação até os dias atuais, fortemente influenciada pela revolução tecnológica causada pela World Wide Web no final do século XX.
Com a popularização da interface Web no desenvolvimento das aplicações, surgiram novas linguagens de programação e novas formas de armazenamento e acesso a dados em fontes com diferentes formatos. Assim, o SGBD das aplicações tradicionais pode ser considerado atualmente como um gênero de software básico, com papel intermediário, que denominamos na figura a seguir de middleware, em que se incluem servidores de aplicações das diferentes linguagens e ambientes de desenvolvimento Web.
Essa figura resume o atual estágio dos sistemas de informação na Web, em que as fontes de dados não se restringem a dados estruturados, como em bancos de dados tradicionais, admitindo volumes gigantescos em diversos formatos, localizações e velocidade de produção, características marcantes do conceito de Big Data. Igualmente, as aplicações via Web são desenvolvidas em uma diversidade de plataformas digitais, de smartphones a supercomputadores, que têm em comum a conexão com a internet e, em consequência, a computação em nuvem (Cloud Computing).
EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE BANCO DE DADOS
BANCOS DE DADOS NAVEGACIONAIS
Há uma controvérsia sobre qual foi o primeiro SGBD implementado e utilizado comercialmente na década de 1960. Sabe-se que duas iniciativas independentes ocorreram paralelamente, resultando em dois produtos comerciais:
IDS (INTEGRATED DATA SYSTEM)
Criado por Charles Bachman (1924-2017) no âmbito de um comitê que padronizou a linguagem COBOL (CODASYL, de Committee on Data Systems Languages).
IMS (INFORMATION MANAGEMENT SYSTEMS)
Criado pela IBM na esteira do sucesso da invenção do disco magnético anos antes.
O IDS e o IMS tinham em comum a característica de que os dados eram acessados por meio de programas que “navegam” de registro em registro pela estrutura dos dados armazenados em disco. Por causa dessa característica, atualmente aqueles SGBDs e outros que seguiram a mesma abordagem são denominados de navegacionais.
IDS: Usava a estrutura de dados de grafos ou redes, daí a denominação de network databases.
IMS: Adotava a estrutura de dados de árvores, que é um tipo de grafo mais restrito do que as redes, baseado em hierarquias, originando a denominação hierarchical databases.
Vários SGBDs foram implementados com variantes desses modelos de banco de dados, como o DMS (Data Management System) e o IDMS (Integrated Database Management System). Vale relembrar que muitos sistemas de informação legados daquela época ainda utilizam esses SGBDs navegacionais, a exemplo da demanda por programadores COBOL em meio à pandemia de COVID-19.
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